O re-branding por trás do documentário "GAGA: FIVE FOOT TWO"
Quando você entende de branding, passa a analisar todas as movimentações das marcas e do mercado com um olhar estratégico.
Isso acontece comigo o tempo todo, sou formada em Relações Públicas e me especializei nesse modelo de gestão. Por isso é normal para mim analisar todo o processo de construção de imagem das marcas junto a seus públicos de interesse.
Branding é a relação público com a marca, como ele sente ela. Esse relacionamento deve ser construído a partir de uma boa estratégia de gestão.
A última vez que isso aconteceu comigo foi quando assisti o novo documentário da Lady Gaga no Netflix: GAGA: FIVE FOOT TWO
O que você lembra quando pronunciamos esse nome: Lady Gaga? No mínimo excentricidade. Essa foi sua marca por dez anos. E a moda foi um forte elemento cênico para construir sua personagem.
Porém, desde 2015, ela está em um constante trabalho de reposicionamento da sua imagem. E para a construção da nova Gaga, identifiquei algumas ações:
Ela passou a usar seu verdadeiro (segundo) nome: Joanne. Transmitindo a mensagem de que agora vamos conhecer, finalmente, a Lady Gaga de verdade.
Deu esse nome "Joanne"para seu último álbum, que possui uma identidade gráfica bem mais limpa dos que os anteriores.
Passou a usar um figurino mais simples, em alguns casos até minimalista. Exatamente o oposto da "velha" Lady Gaga.
Os photoshoots e videoclipes são produzimos com a intenção de mostrar a verdadeira Joanne. Maquiagem leve e tratamento mais limpo.
A comunicação se tornou muito mais pessoal e emocional com seu público nas redes sociais.
E para consolidar de uma vez por todas essa mensagem, a artista lançou o documentário GAGA: FIVE FOOT TWO mostrando os bastidores da sua vida.
A intenção foi transmitir a imagem de uma pessoa sensível, dedicada ao trabalho e a família. Um Lady Gaga que a maioria do público não conhecia.
Fica aqui a minha sugestão para você assistir o doc (ainda que não seja fã da artista) para tirar suas conclusões. Será que ela conseguiu?
Uma coisa posso afirmar, para qualquer construção de re-branding, o audiovisual é a ferramenta mais poderosa.