Fim dos likes é uma mentira: apelação ou falta de informação?
Oi, pessu! Você já parou para pensar em como o ocultamento de likes vai impactar as métricas do Instagram e, consequentemente, sua marca? Nossas análises sobre o assunto, em abril deste ano, se confirmaram em maio e chegaram ao Brasil na semana passada.
Estamos falando sobre as mudanças no Instagram, mais especificamente: o OCULTAMENTO DOS LIKES.
Só se fala nisso! Mas a verdade é uma só. Os likes não morrem. Essa é a MAIOR fake news espalhada na internet. Não estamos em um “novo recomeço”, nem nada disso. Portanto, vale algumas reflexões sobre o assunto. Se “esconder” não é morrer nem remover, o que muda tecnicamente?
Confira 6 argumentos que mostram que o ocultamento de likes não é a mesma coisa que o fim deles: 1. OI, SUMIDO
Desde a implementação do teste do Instagram no Canadá, não houve nenhum anúncio oficial sobre uma mudança de algoritmo - ou mesmo que o like vai deixar de existir. Ele apenas sumiu para o público. Portanto, o recurso “curtir” continua ali e nosso hábito de clicar duas vezes, também.O Instagram continuará medindo qual conteúdo mais te interessa de acordo com as suas interações - inclusive com o que você mais curte. Os Likes continuam impactando na entregabilidade dos posts. Para saber tudo sobre o algoritmo, clique aqui.2. MÉTRICASMesmo que você perca o hábito de curtir, as outras interações continuam servindo como base de dados para o cálculo do algoritmo de entrega. Considera-se tudo, especialmente: comentários, quantidade de compartilhamento, posts salvos e conversas inbox. Desse modo, a tendência é que as interações mais complexas se intensifiquem.
Se você considerava os likes como principal métrica na mensuração dos resultados das suas ações: você estava no caminho errado e o ocultamento de likes não tem nada a ver como isso.
3. GANG!A era do conteúdo de valor já chegou - e já dita as regras de consumo - há muito tempo. E é ela que sempre gerou resultados reais e positivos para marcas, empresas e o mercado de influência. Por meio do conteúdo relevante acontecem conexões, afinidades e relacionamentos. Sua audiência continuará em busca do que sempre esteve: valores em comum.Vale sempre lembrar seguidores não são sinônimos de clientes. Veja mais neste post.4. CONTEÚDODizer que dá para postar qualquer coisa porque não dá mais para ver os likes não é a melhor ideia para quem pretende usar o Instagram como uma ferramenta estratégica de construção de marca. Também achar que só agora, finalmente, os conteúdos autênticos e relevantes vão prevalecer é uma ilusão e até uma falácia. A maioria das ações bem sucedidas não tinham relação direta com os “números de likes”. Por que só agora a qualidade deve aumentar? Seja qual for a lógica por trás desse raciocínio, que o principal seja sempre a entrega real. 5. COMPARAÇÃOO Instagram justificou o ocultamento de likes como uma forma de amenizar o sentimento de comparação que a disputa nem um pouco saudável pelo maior número de curtidas causava:
"Não queremos que as pessoas sintam que estão em uma competição e nossa expectativa é entender se uma mudança desse tipo poderia ajudar as pessoas a focar menos nas curtidas e mais em contar suas histórias"
Mas será que o problema são as redes sociais ou o nosso comportamento como usuários? O ocultamento tem causado nas pessoas um certo desconforto pela falta de aprovação, o que gera o sentimento de não pertencimento.Mesmo que os níveis de comparação em relação aos likes diminuam, ainda há outras formas de fazer o usuário se sentir pressionado.
Com o ocultamento de likes, será que não receber comentários pode ser também uma forma de pressão? Devemos encorajar as pessoas a não ficarem presas a nenhum tipo de comparação, esse é um fator altamente tóxico.
Ainda que tecnicamente o ocultamento de likes seja somente para o público externo (uma vez que ainda conseguimos visualizar os números de curtidas que recebemos em nossos perfis pessoais), só o fato de ter incitado diálogos sobre saúde mental e autoestima pode gerar um impacto no comportamento dos usuários. Torcemos para que a rede não seja um lugar que alimente vaidades, mas que seja uma incentivadora de verdades. Já em relação ao mapeamento de influenciadores para ações com marcas, existem 10 pilares fundamentais que norteiam a tomada de decisão das empresas, algo que vai muito além do número de likes. Esses pilares foram retirados do programa MMI (Mapa do Marketing de Influência) do treinamento Influencer: O Acelerador Para Sua Marca. São eles:
- Frequência;
- Consistência;
- Coerência;
- Qualidade;
- Engajamento;
- Autenticidade;
- Comunidade;
- Propósito;
- Linguagem;
- Fit com o marketing de conteúdo produzido pela marca.
E a escolha de influenciadores deve, também, passar por um processo de adequação de funil, no qual o começo do mapeamento se dá com um número grande de dados para serem analisados e vai diminuindo conforme a utilização de ferramentas de análise e critérios (como os 10 acima). Assim, o resultado será mais afinado e assertivo para a marca.
Inclusive, a Débora Alcantara falará sobre mensuração de dados e o ocultamento de likes na próxima Masterclass Instagram Métricas. IMPERDÍVEL!
6. INFLUÊNCIA REALMarcas e produtores de conteúdo são influenciadores. E se antes eles não tinham essa preocupação de desempenharem esse papel, agora é um ótimo momento (pretexto) para pensarem em campanhas mais criativas, em cocriações e sofisticação nas ações interativas.Esperamos ver um mercado ainda mais criativo, livre e profissional.O case do Apartamento.33 é um belo exemplo de autenticidade que não pensava em likes mas, naturalmente, ganhou destaque pelos seguintes fatores:
Por trás das motivações da corporação InstagramUm exercício comum dentro de corporações, em especial do segmento tecnológico, é o de “matar sua empresa” antes que alguém mate por você.
Ao criar os cenários de perda de usuários, um fator ameaçador diz respeito ao grau de insatisfação, frustração e pressão social que o Instagram pode causar. E quais os principais motivos? Bullying virtual, número de likes, quantidade de seguidores, click no link, números, números, números. De acordo com a World Health, em 1990, 416 milhões de pessoas sofriam de depressão em todo o mundo. Hoje, 27 anos depois, esse número aumentou para 615 milhões. Segundo a pesquisa da Time to Change, 38% das pessoas se sentem julgadas pela sociedade e desenvolvem problemas de saúde mental por esse motivo.Já uma pesquisa realizada pela Mintel em 2018, ao apontar tendências para o mercado de beleza em 2019 e 2020, mostra que 33% das brasileiras entre 19 e 35 anos gostariam de ver mais anúncios com representatividade.No ano de 2017, a adesão dos usuários à campanha #HereForYou do Instagram, criada para falar sobre saúde mental, ratifica a ideia de que as mídias sociais e aplicativos que filtram imperfeições possuem um efeito negativo na estabilidade mental dos usuários.O problema está na confusão entre inspiração e comparação que emerge das mídias e redes sociais. As pessoas sentem-se menos quem realmente são, por se comparar com alguém que não existe. Vivem numa corrida sem linha de chegada rumo à perfeição.Muitas pessoas não estão assumindo o controle de suas vidas, na verdade estão tentando viver a vida de outras pessoas.
As redes sociais passam a ser um lugar de comparação nociva e não de inspiração para o autodesenvolvimento.
A pressão para se encaixar em um padrão pré-definido é responsável por grandes - e muitas vezes graves - problemas de aceitação e autoestima. As pessoas acabam perdendo a percepção que tem de si mesmas e vão em desencontro com o protagonismos de suas próprias vidas.
Com movimentos como esse, uma forma de prevenir uma grande perda de usuários é fazer modificações para mantê-los.
Será que a preocupação do Instagram é com a saúde mental e diminuir a competição por validação social ou com com a diminuição do seu faturamento? Vamos discutir sobre isso no perfil do @efeitoorna? Dedicamos um post especialmente a esse assunto e queremos saber sua opinião.