Oscar 2019: a diversidade chega à maior premiação do cinema | Tudo Orna
Oi Pessu! A lista de indicados ao Oscar 2019 chegou na última terça-feira, (22), mostrando finalmente todo o poder da diversidade. Nos últimos anos, a maior premiação do cinema vem incentivando o levantamento de algumas causas, principalmente nas redes sociais. Movimentos como #OscarSoWhite em 2015 e #OscarStillSoWhite em 2016, mostraram a urgência por uma maior representatividade negra. As atuais #Time'sUp e #MeToo levantaram uma força em prol da defesa das mulheres contra assédio, agressão e abuso no local de trabalho.
Nesta edição, a premiação, sempre criticada pela falta de diversidade na escolha dos premiados, nos trouxe uma seleção bem diferente. Os nomes indicados trazem representantes para as minorias LGBTQ+, negras e indígenas, funcionando como um termômetro perfeito para pedir mudanças do cinema.
O sucesso ‘Pantera Negra”, por exemplo, indicado a melhor filme, foi o primeiro longa de super-heróis composto por um elenco de maioria negra. Muito elogiado por dar luz ao orgulho e beleza africana às telas, a produção recebeu sete indicações no total.Outra boa surpresa foi uma das 10 indicações direcionadas ao filme estrangeiro Roma: Yalitza Aparício, a primeira indígena na história do evento, concorre ao prêmio de melhor atriz. Em sua primeira experiência atuando, a segunda mexicana indicada na categoria está na disputa ao lado de grandes nomes de Hollywood, como Glenn Close. E se o assunto é inclusão, segundo a organização GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), 2019 foi o ano com mais indicações de histórias LGBTQ+ de todos os tempos. Dos oito nomeados à categoria principal de melhor filme, quatro abordam essa temática: "Bohemian Rhapsody", biografia do ícone bissexual Freddie Mercury, vocalista da banda Queen; "Green Book: O Guia", que aborda também a homossexualidade de Don Shirley (Mahershala Ali); "A Favorita", que gira em torno de um triângulo amoroso feminino; e "Nasce Uma Estrela", em que o trabalho da protagonista Ally (Lady Gaga) em um clube de drag queens tem relevância no início do longa.Vale lembrar também que, nas duas últimas edições, duas produções que integravam histórias LGBTQ+ levaram a estatueta para casa, “ A Forma da Água” em 2018 e “Moonlight” em 2017.Será que estamos caminhando para uma grande mudança da indústria do cinema?Vamos lutar para que a bandeira da representatividade continue se fortalecendo e se estendendo a outras áreas e vertentes e que todas as vozes sejam ouvidas!